quinta-feira, 1 de julho de 2010

Resenha Hertzberg + Jane Jacobs + Intervenção

Amizade, companheirismo, carinho, ou pelo menos solidariedade, são sentimentos difíceis de ver entre vizinhos ultimamente. Com a velha desculpa de não ter tempo pra nada, da correria do dia a dia, o que se tem visto são vizinhos cada vez mais distantes, sem nenhum tipo de relação um com outro e ruas cada vez mais vazias.

As ruas das cidades servem a vários fins além de comportar veículos e as calçadas, a parte das ruas cabe aos pedestres, servem a muitos fins além de abrigar pedestres. Esses usos estão relacionados à circulação, e à forma de apropriação das pessoas.

Antigamente, era comum vermos ruas cheias, com crianças brincando, adultos conversando na porta de casa, na padaria, no barzinho da esquina, entretanto, hoje isso é uma raridade. Ficar na rua já não se trata de diversão e sim de perigo. Quando uma pessoa diz que uma cidade, ou parte dela, é perigosa, o que quer dizer basicamente é que não se sente segura nas calçadas. A rua perdeu seu ar de meio comum a todos e tornou-se incomum. Sempre que podemos tentamos evitar a rua: se estamos andando, o passo é ligeiro para chegarmos logo ao destino; se estamos de carro, o vidro está fechado para evitar qualquer tipo de abordagem; se já anoiteceu, passar na rua é um ato de loucura; isso tudo porque a rua tornou-se um local praticamente inabitado e, consequentemente, perigoso.

Em seu livro Morte e Vida de grandes cidades, Jane Jacobs, mostra como certas vias públicas não dão oportunidade alguma à violência usando o exemplo das ruas do North End, em Boston. As ruas desse distrito são constantemente usadas por um grande número de pessoas, algumas trabalham lá ou próximo de lá; outros vão lá a passeio; enfim a segurança das ruas do North End é feita pelos próprios moradores e visitantes. Alguns moradores de lá, afirmam que há quase 30 anos não se ouve falar de crimes em North End o que prova que rua habitada não combina com violência.

No curso de Arquitetura que estou fazendo, pude ter um exemplo vivo de que a rua não esta presente na vida das pessoas. Foi proposto aos alunos que fizessem uma intervenção em uma vaga de carro para que pudéssemos analisar a reação das pessoas que por ali passariam. Tivemos dificuldade em fazer análise por vários motivos. Primeiro, pelo fato da rua estar vazia, era sábado de manhã e somente alguns carros passavam e poucos pedestres transitavam. Segundo, devido às pessoas terem “receio” em se aproximar e apropriar do espaço, demonstrando certo “medo”. Terceiro, por alguns moradores terem se incomodado com a nossa presença ali. E por último, pela indiferença que as pessoas mostravam em relação à nossa intervenção.

Na verdade, ao fazer esse trabalho a minha maior curiosidade era de como seria a forma de aproximação e apropriação das pessoas em relação à minha intervenção. Eu não queria limitar essas atitudes, já que, como diz Hertzberg no seu livro Lições de Arquitetura, o projeto não pode apresentar uma extrema funcionalidade, pois o torna rígido e inflexível, isto é, oferece ao usuário do objeto muita pouca liberdade para interpretar sua função de acordo com sua vontade. Outro ponto do trabalho que pode ser relacionado ao livro do Hertzberg, se diz respeito ao fato das dimensões do espaço ocupado que, no nosso caso, era um espaço relativamente pequeno de 5,00 m x 2,5 m, mas era o tamanho exato para o que queríamos propor. O livro destaca que as vezes os lugares muito amplo se tornam desertos e muito impessoais. Atividades e usos diferentes exigem dimensões espaciais diferentes.

Enfim, o trabalho e a leitura do livro de Jane Jacobs e de Hertzberg puderam me mostrar o quanto as pessoas são indiferentes às ruas, inclusive às ruas em que moram. Isso pode representar um grande problema pras cidades tanto pelo fato da segurança, quanto pelo fato da possível “morte” das cidades, que pode se dá através da falta de pessoas interagindo com ela.

"Filminho" da casa no Sketchup

Caderno de receitas - Horta urbana

Receita da Horta Urbana

Caixote de madeira
Material:
· 2 tábuas de 0,15m de largura e 0,02m de espessura
· 1 folha de madeirite
· Pregos
· 4 Rodas que suportem 30kg
· 16 Parafusos
· Tela fina
Ferramenta:
· Serrote
· Martelo
· Furadeira
· Chave de fenda ou chave filips
Modo de execução:
A tábua tem 3,0m de comprimento (padrão) então se deve cortar uma delas em dois pedaços de 1,5m e a outra em dois pedaços de 0,40m. Logo após pregar essas tábuas umas nas outras formando uma moldura de 1,5m x 0,40m x 0,15m e depois deixar em um canto.


O madeirite tem a dimensão de 2,2m x 1,1m e deverá ser cortado no tamanho 1,5m x 0,40m para depois ser pregado na moldura. Vire o caixote pronto e fure o fundo com a broca de 0,02m para que a água do canteiro escorra, a quantidade de buracos é indeterminada, pode ser ao seu gosto.

O próximo passo é colocar as rodinhas, com o caixote ainda virado. A roda deve ficar a 0,08m da extremidade em relação ao lado mais comprido e 0,20m da extremidade em relação ao lado mais estreito.

Desvire o caixote e tampe os buracos feitos com telas para que a terra não caia. Pronto, ele está pronto para receber a horta.

Para ocupar uma área de 5,0m x 2,5m são necessários seis caixotes como esses.

Plantando a horta

Pensando em uma maior durabilidade dos caixotes, eles podem ser forrados por dentro com plástico, por exemplo, para que a água e a terra não entrem em contato direto com a madeira, lembrando de fazer também os furos no plástico, para que a água possa escoar. Para o plantio das hortaliças são necessários em média 15 kg de terra para cada caixote. O primeiro passo é espalhar a terra até uma altura de aproximadamente 10 cm, adicionar cerca de 2 kg de esterco e em seguida deixá-la bem úmida.
Podem ser plantadas mudas ou sementes, as sementes são facilmente encontradas em feiras, lojas de produtos agrícolas ou mesmo supermercados. Cada semente possui uma maneira de plantio, geralmente as sementes são espalhadas em fileiras com espaçamento de 40 cm entre elas e com apenas 1cm de profundidade, mas estas indicações geralmente aparecem na própria embalagem das sementes.

O tempo para o crescimento também varia de hortaliça para hortaliça. Por exemplo, a alface brota em mais ou menos 6 dias e já a couve demora um pouco mais para brotar, em média 10 dias.

Para o plantio de mudas, cave uma pequena cova e coloque a muda com cuidado, evitando a quebra de raízes, cobrindo a base com um pouco de terra. Aperte levemente a terra ao redor da muda para acomodá-la.

Com o plantio concluído é só escolher a localização onde a Horta Urbana será instalada e arrastar os caixotes com cuidado até o local escolhido. É importante para as plantas pegarem um pouco de sol pela manhã ou final da tarde, o sol muito forte pode prejudicá-las. Lembre-se que a rega é altamente recomendável, sempre que possível. Mas, nos primeiros dias devemos regar bem, porém com uma lâmina bem fina de água, nunca jogando jatos diretamente sobre as sementes ou mudas

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Capela de Luz

A "Capela da Luz" é um espaço para meditação, reflexão e celebração de cerimônias ao ar livre organizada pela Igreja Evangélica de Hessen e Nassau


O pavilhão é modular e pode se configurar, desmontar, guardar e transportar.
A estrutura de apoio é composto por catorze quadros de madeira laminada, cubos de aço montado em uma plataforma de malha de arame. A sucessão de quadros a definição de um único corredor 13.00m de comprimento e 4,30 m de largura e 8.00m.
A folha de revestimento é acrílico branco translúcido, de modo que o espaço é inundado de luz natural por dia e instalando os" leds "controlada por computador, à noite, uma solução que permite ajustar a intensidade e a cor da luz artificial, em função das circunstâncias


Fonte: blog Judit Bellostes

terça-feira, 29 de junho de 2010

Grupo Archigram: Plug-in City

O Archigram surgiu a partir de alguns estudantes de arquitetura e urbanismo recém graduados que se reuniram para publicar uma revista ilustrada de caráter contestatório e provocativo, também denominada Archigram. Um nome que vem da junção entre as palavras architecture e telegram. A idéia era lançar uma publicação que fosse mais simples e mais ágil que uma revista comum e que tivesse a instantaneidade de um telegrama. Esta publicação mesclava projetos e comentários sobre arquitetura com imagens gráficas, cuja referência vinha do universo pop da TV, do rádio e das histórias em quadrinhos, como os space-comics, por exemplo. A linguagem utilizada na programação visual da revista era a da bricolage, através da justaposição de desenhos técnicos, artísticos, fotografias, fotomontagens e textos. Com esta publicação eles instauraram uma crítica irônica e radical às convenções e aos procedimentos estabilizados. Os questionamentos levantados em seus artigos eram uma reação contra a obviedade e a monotonia no processo de representação e de criação arquitetônica.

Um dos projetos do Grupos, idealizado por Peter Cook, denominado Plug-in City ou Cidade Interconexa (1964) apresentava a proposta de uma cidade tentacular que seria construída a partir de uma mega-estrutura em forma de rede (net-work), erguida com produtos pré-fabricados, com vias de comunicação e de acesso interligando cada ponto do terreno. As múltiplas partes dessa mega-estrutura se comunicavam entre si através de um sistema de conexões físicas e de uma malha de circuitos comunicacionais e informacionais, materializados por amplas tubulações e articulações metálicas que serpenteavam como passarelas por todos os setores. Um espaço urbano planejado como um só edifício, constituído por elementos arquitetônicos móveis e inter-cambiáveis que se conectavam em elementos estruturais fixos do tipo espacial















Fontes: archigram.net
vitruvius

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Sketchup do Radamés

Planta:


Cortes:

Visita ao Instituto Inhotim

Na sexta feira dia 04 de junho de 2010 eu fiz uma visita ao Instituto Inhotim, em Brumadinho. O projeto do Instituto foi idealizado pelo empresário Bernardo Paz na década de 80. Mais tarde, o paisagista Roberto Burle Marx apresentou algumas sugestões e colaborações para os jardins. Desde então, o projeto paisagístico cresceu e passou por várias modificações.



A propriedade, que era particular, foi se transformando com o tempo, com a construção das primeiras edificações destinadas a receber obras de arte contemporânea. Ganhava vida também o rico acervo botânico, consolidado a partir de 2005 com o resgate e a introdução de coleções botânicas de diferentes partes do Brasil e com foco nas espécies nativas.



Detalhe em azulejo na Galeria Adriana Varejão



A obra que mais me chamou a atenção foi a The Murder of Crows, num amplo espaço, os artistas instalaram um ambiente sonoro inspirado na gravura O sono da razão produz monstros (1799), de Goya, composto de gravações de marchas, canções de ninar, texto falado e composições musicais, assim como de uma trilha de efeitos incidentais. Soando de 98 alto-falante montados em cadeiras, em pedestais e nas paredes e evocando uma revoadade aves, a obra conduz o espectador através de uma narrativa de sonho que revela as qualidades físicas e escultóricas do som.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Apartamento com jardim na Cidade do México


Meir Lobaton + Kristjan Donaldson recentemente dividiram seus designs para projetar uma torre residencial na Cidade do México. O projeto reúne a charme de uma casa de família com o custo das propriedades da região.
A torre residencial oferece a família o luxo de viver em um prédio de apartamentos sem o sacrificar o conforto do jardim. Jardins localizados em todos os andares tentam romper o desequilíbrio entre a terra e os edifícios, e mais importante ainda, oferecer uma área que seja atraente e funcional para toda a família.
O prédio conta com um apartamento por andar com 400 metros quadrados com uma extensão de jardim de aproximadamente 160 metros quadrados. Como cada apartamento gira 90 graus a cada andar, os jardins ficam em cima dos quartos do vizinho de baixo.
O deslocamento horizontal entre cada andar proporciona o espaço adequado para o pleno crescimento de uma árvore. Também possibilita o cultivo de grama, folhagens e hortas criando uma mistura de estrutura e natureza, não deixando com que nenhum dos elementos da decoração se sobre-saia em relação ao outro, evitando que um deles pareça como decoração complementar. As áreas internas são organizadas para aproveitar o máximo dos jardins, que acrescentam uma sensação da abertura de uma casa.Devido à volatilidade sísmica e as condições que caracterizam Cidade do México, o prédio tem um projeto com esta responsabilidade para acomodar e estabilizar a rotação entre os andares.

TORRE CUAJIMALPA:
Localização: Cidade do México, México
Área: 25,000 metros quadrados aprox.
Designer/arquiteto: MEIR LOBATON CORONA + KRISTJAN DONALDSON
Colaboradores: Javier Sepulveda
Consultores: Garcia Jarque Ingenieros, SC., Buro Happold Consulting Engineers P.C.
Data: Julho 2008 – Março 2009
Expectativa de conclusão: Dezembro 2011
Status do projeto: Desenvolvimento de design / Documentação de construção


Fonte: obravipblogs.wordpress.com/2009/06/

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Uso das ruas: Metabiótica - Alexandre Orion

Pintura e fotografia dividem um mesmo ambiente como dois organismos inseparáveis e incompatíveis entre si. O objeto fotográfico é o ambiente no qual não e distingue o limite entre o elo e o duelo das linguagens. Há algo além das duas óticas: uma fenda tênue e infinita que nos conduz à inexistência.













"Àqueles que porventura, estiverem perguntando que tipo de montagem é essa, respondo: nenhuma! Essas pinturas estão nas paredes das ruas de São Paulo, foram pensadas para se instalarem onde as vemos agora, dentro do quadro fotográfico. Concebidas para ameaçar com sua carga de ficção e com suas falhas representacionais a credibilidade que a fotografia, em geral, sugere. Me atreveria a dizer que essas fotografias compõem não apenas um ensaio fotográfico, artístico, mas são antes um registro, quase fotojornalístico, do duelo entre linguagens. O duelo interminável entre pintura e fotografia que, no tempo da informação, nos faz pensar em quão frágeis são as imagens."
Alexandre Orion










A sociedade existe, a imagem a funda.
A imagem existe, a sociedade afunda.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Resumo Revista Manuelzão edição 52 - mês de junho de 2009

Espelho d’água
O que você esperaria de uma viagem pela Bacia do Rio das
Velhas? Nem sempre o que encontramos foi bonito de se ver

Foi feita uma expedição de 23 dias de navegação pelo Rio das Velhas e a partir de observações foram constatados muitos problemas.
No caminho foram vistas toras de madeira nas beiras da estrada e um caminhão lotado de eucalipto. Mas misturado a elas era possível distinguir espécies de mata nativa.
Havia locais em que a areia é retirada do fundo do rio com um barco e um “coador”. A “ferramenta” é formada por uma vara de uns três metros, com um saco de linhagem na ponta. A expectativa dos tiradores de areia é que o Projeto Manuelzão entre no debate para que a extração seja liberada. O revolvimento do fundo do rio causado pela extração de areia aumenta a turbidez da água, dificultando a entrada de luz, sem contar que pode expor resíduos antigos de mineração.


As margens do Velhas estão salpicadas de lixo. Galhos de árvores “enfeitados” com sacolas plásticas. As matas próximas ao Rio, por vezes frondosas no início da Expedição, no atual trecho do Velhas são escassas. rio catando redes que estão camufladas, para dificultar a fiscalização, em inocentes garrafas pet que bóiam pelo Rio ou em pequenos pedaços de isopor.
Santana do Pirapama não tem aterro. O lixo do município vai para outro lugar. Para um lixão fedorento, cheio de urubus, restos de bichos mortos e tomado por uma fumaça preta. Sim, o lixo é queimado e o chorume acaba chegando aos rios.





Pode fritar?
Os peixes estão voltando para o velhas.
Resta saber se há riscos em consumi-lo

O fato do peixe estar voltando para o Velhas levanta o problema de poder ser consumido ou não. Quem pesca costuma dizer que conhece bem de peixe e faz um exame a olho nu mesmo, para saber se ele está próprio para o consumo ou não.
Só que esse exame a olho nu não é o suficiente. Ele deixa muita coisa passar batido, como a presença de metais pesados e pesticidas. Para determinar exatamente os níveis de contaminação, saber em que medida eles são prejudiciais e se comer o peixe é um risco ou não, é preciso fazer uma análise complexa, relacionando a contaminação da água e a do pescado. Quem come peixe contaminado, contaminado pode ficar. Salmonelose, desinteria, cólera, intoxicações e parasitoses são alguns exemplos de doenças que podem atingir quem consome peixes contaminados. O risco existe, mas a população ribeirinha ainda não tem uma posição definida. Alguns ficam com o pé atrás, mas tem aqueles que acabam comendo. Nem parar de comer, nem comer demais. Por enquanto o ideal é ter cuidado em relação aos peixes do Velhas.


Olhar de volta
O que foi feito na Bacia e como está a situação hoje
De 2003 para cá, o que melhorou? O que continua no mesmo lugar e o que
piorou? Foram levantados alguns pontos críticos para a revitalização da bacia do Rio das Velhas.


- Em relação a disposição do lixo em toda a bacia, em 2003, a maioria dos municípios possuía lixões. Hoje, a situação é crítica no lisão desativado de Nova Lima, que despejou lixo no Rio durante as chuvas de verão. A coleta seletiva chega lentamente aos municípios do alto Velhas. No médio, ainda há problemas de lixões em alguns municípios, como Santana do Pirapama.

- Em relação a nadar na RMBH, em 2003, nadava-se no baixo Velhas, após a foz doCipó-Paraúna. Na RM BH, o nível de coliformes fecais e poluentes industriais tornava a possibilidade de nadar um atentado à vida. Houve melhorias no Arrudas, mas não o suficiente ainda.

- Em relação ao tratamento de esgoto em Belo Horizonte, em 2003, 23% do esgoto era tratado. Hoje, a inauguração do tratamento secundário, que retira a maior parte das impurezas, na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE ) do Arrudas, em 2007, é avaliada como a principal responsável pela melhora da qualidade da água do Rio das Velhas. Já em Sete Lagoas e Sabará, em 2003 estava sem tratamento, e hoje continua sem tratamento.

- Em relação a volta do peixe, em toda bacia, até a altura de Nova Lima, em 2003, predominavam tilápias no Velhas – indicadoras de poluição. Em 2009, com a inauguração da ETE Arrudas, a qualidade das águas do Rio melhorou e, gradativamente, os peixes estão voltando a ocupar a bacia, subindo em direção à nascente. Estão sendo achados dourados, matrinchãs e piaus até próximo de Nova Lima, o que não acontecia em 2003.

- Em relação ao assoreamento no alto Velhas, em 2003, era causado pela mineração na região de Ouro Preto e Itabirito, principalmente nos ribeirões Funil e Maracujá. Em 2009, não havia sinal de melhorias.

- Em relação a mortandade de peixes, entre Santa Luzia e Funilândia, em 2003, eram frequentes no início do período chuvoso. Em 2009, no trecho entre Santa Luzia e Funilândia foi encontrada uma grande mortandade de peixes.

- Em relação a navegação na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em 2003, não havia navegação nem estudos para viabilizá-la. Em 2009, ainda não havia estudos para viabilizar a navegação. Há proposta de navegação turística.

- Em relação a recuperação de Mata ciliar em toda bacia, em 2003, havia desmatamento intenso a partir de Santa Luzia. Em 2009, a situação estava mais grave nos trechos da margem esquerda do Rio.

Resumo Revista Manuelzão edição 51 - mês de maio de 2009




Tempo sem cavernas?
Novo decreto ameaça destruir riquezas naturais de grutas e cavernas


Existe um importante acervo que não está protegido nas galerias e museus. Ele está ao ar livre e corre o risco de desaparecer. As grutas e cavernas brasileiras estão ameaçadas por causa do decreto assinado pelo presidente Lula, em novembro de 2008. A nova legislação define critérios de relevância para a classificação de cavidades naturais. Somente as de importância máxima não poderão ser destruídas.
O secretário executivo da Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE), Marcelo Rasteiro afirma que “se havia uma área que tinha que conservar por causa de cavernas, agora o empreendedor pode minerar ou inundar com uma barragem”. O setor hidrelétrico tem interesse em algumas regiões de cavernas para a construção de barragens. E nas cavidades pode haver extração de minério de ferro, manganês e calcário, que é a base para a indústria de cimento.
A região cárstica, ao norte da Região Metropolitana de Belo Horizonte, pode ser uma das mais prejudicadas. Cavernas da área já foram destruídas mesmo antes do decreto.
A perda, contudo, não tem sido só histórica, já que esse decreto vai inviabilizar a exploração de novos locais para visita. O turismo de grutas e cavernas é pouco desenvolvido no Brasil e a arrecadação ainda é pequena.Quem vem lutando pela anulação do decreto é a comunidade espeleológica. A SBE divulgou um manifesto contrário que, até o dia 26 de março, foi assinado por 196 entidades entre associações de espeleologia e ONGs ambientais. Está em circulação também uma carta de repúdio. Até o dia 6 de maio de 2009, 4104 pessoas já haviam aderido ao abaixo assinado.






Por água abaixo?
Em torno da transposição, debate sobre barragens em afluentes do São Francisco.

Caso uma barragem venha a ser construída na calha do baixo Rio das Velhas entre os municípios de Santo Hipólito e Curvelo, a revitalização pode ser muito prejudicada. Essa possibilidade de construção não está descartada nos últimos planos da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba, a Codevasf. Além do Velhas, o projeto de “revitalização” que ela propõe para o Velho Chico prevê a construção de mais quatro barragens: três na bacia do rio Paracatu e uma no Urucuia
Há quem veja as barragens como parte do Projeto de Transposição do São Francisco – apesar do Governo Federal não deixar isso explícito. Elas seriam uma forma de compensar a perda de água para o sistema elétrico, em decorrência da retirada prevista no projeto.
Os impactos ambientais dessas barragens para a bacia são imensos. As espécies aquáticas têm a sua vida regulada pelos processos de cheia e vazante, que com as barragens tendem a acabar.
O projeto sugere que mecanismos, parecidos com escadas, sejam implementados para que os peixes subam as barragens. Mas, mesmo com isso, há sérios impedimentos à migração dos peixes e à possibilidade deles voltarem a ocupar lugares despoluídos acima da barragem.
No caso do Velhas é possível que os peixes também não suportem as alterações químicas e a proliferação das cianobactérias – microorganismos tóxicos que causam problemas de saúde e deixam a coloração do rio verde.
Sem peixes, transformada num lago verde e putrefato, o projeto da barragem do Velhas ainda prevê que um importante espaço da bacia fique debaixo d’água.
Os prefeitos de Santo Hipólito e Presidente Juscelino se colocam contra o projeto e, por enquanto, têm apoio.
Do outro lado, atrás de apoio político, a Codevasf atrelou geradores
de energia aos projetos das barragens – o que não constava na versão de 2003.



Caiu na rede... é menos peixe de volta ao Velhas.
Se não coibida, pesca predatória pode prejudicar a recuperação da bacia


A volta do peixe deixou de ser apenas um símbolo das ações do Projeto Manuelzão e vem se tornando realidade no Rio das Velhas.
Mas a volta do peixe trouxe uma conseqüência que pode prejudicar o repovoamento deste trecho do Velhas: a pesca predatória. Um dos principais motivos do retorno do peixe é a instalação de estações de tratamento de esgoto (ETE).
Desde 1997, é proibida a pesca profissional – aquela utilizada com fins comerciais – em toda extensão do Rio das Velhas, Determinada pelo Decreto 38.744, a proibição vale também para os afluentes do Velhas.




Laboratório na beira do rio

Antes da revitalização feita pelo Programa de Recuperação Ambiental de Belo Horizonte, o corrégo Baleares tinha um quadro não muito diferente de outros cursos d´água em área urbana. O esgoto era jogado in natura e as margens eram ocupadas por construções irregulares, ou não tinham mata ciliar, ou eram erodidas. Sem mencionar o lixo que ia parar dentro do córrego. Mas hoje a situação é outra. Houve remoção de famílias de suas margens e preservação do leito natural em alguns trechos.
O Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) classifica as águas entre Classe Especial – a melhor, Classe 1, 2, 3 e 4. Quanto menor o número, melhor a qualidade. As águas do córrego estão em Classe 2. Isso quer dizer que de acordo com a legislação brasileira, você pode nadar, pescar e irrigar hortaliças, por exemplo.
A principal causa de poluição antes das intervenções no Baleares era o esgoto. Atualmente, é a poluição difusa. Pode ser a sujeira acumulada nas ruas, a fumaça de fábricas e carros ou até mesmo o lixo não recolhido.
Foi feita uma análise da qualidade hídrica, e da satisfação dos vizinhos em relação ao córrego e às obras. Os resultados foram bem aceitos pela população, o que traz boas perspectivas no processo de implantação e manutenção deste tipo de programa de restauração de rios urbanos. Embora a aceitação tenha sido boa, a opção “avenida sanitária”, com canalização do córrego e construção de larga via nas margens, ainda é apreciada por 51% das pessoas entrevistadas.
Para que as pessoas participem mais, elas têm que perceber a importância de recuperar o córrego e como isso vai trazer melhorias em sua qualidade de vida.

Proposta de intervenção no Rio Arrudas - 2° Apresentação

A proposta é de adaptação do espaço próximo ao rio para a transferência da Feira de Artesanato que acontece aos domingos na Avenida Afonso Pena. Essa proposta poderia se tornar uma bela alternativa para o problema que a feira vem enfrentando no que diz respeito a sua localização. Há algum tempo, tem se discutido a questão de mudança da feira pra outra avenida, como por exemplo, a avenida augusto de lima, no entanto não se chega um consenso. Portanto, a transferência da feira para a beira do Rio Arrudas poderia solucionar essa discussão, já que esse espaço não influencia tanto na dinâmica da cidade como a Avenida Afonso Pena, que é uma via de acesso muito importante para Belo Horizonte.





A Feira é um importante evento na cidade, um atrativo turístico que valoriza o local onde está inserido à medida que recebe vários visitantes. Com a presença da feira aos domingos o contato das pessoas com o Rio Arrudas será maior, permitindo uma maior valorização do rio por parte dos moradores e dos turistas, que muitas vezes passam pela cidade sem perceber sua presença. Além dessa valorização, a presença da Feira Hippie poderá influenciar no comércio local estimulando o funcionamento do mesmo aos domingos, oferecendo uma melhor estrutura aos visitantes.
Para os feirantes a mudança também pode significar um ponto positivo, pois com espaço adequado seria possível uma melhor organização e fiscalização do evento, já que um dos piores problemas enfrentados por eles é a falta de infra-estrutura para comercialização.Nos dias de semana o local precisa ser tão atrativo quanto aos domingos, para isso uma solução seria a implantação de parques e quadras poliesportivas, bem como espaços reservados para bicicletas e para caminhada. Nas duas extremidades do espaço reservado à feira seriam instalados bicicletários que, além de cederem um espaço para que os 'bicicleteiros' guardem suas bicicletas, poderiam fazer empréstimos aos visitantes a fim de facilitar a locomoção.
A instalação dos parque e quadras não significaria um problema aos domingos, pois os parques estariam em plataformas sobre o rio e as quadras poderiam ser feitas de estruturas desmontáveis para que possam ser retiradas nos dias de feira. Para facilitar o acesso seriam implantadas pontes de ligação e faixas de pedestres entre o local e a Avenida dos Andradas.
A mudança não seria desfavorável aos atuais usuários daquele ambiente, pois poderia continuar servindo-os para a prática de exercícios físicos, esportes e lazer, com um espaço agradável, arborizado e com um contato maior com o rio, no caso limpo e tratado.
Mapa de localização.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Arquitetos querem criar ilha de plástico perto do Havaí

Projeto de arquitetos holandeses transforma o lixo flutuante do Oceano Pacífico em ambientes sustentáveis que vão reciclar seu próprio lixo







Projeto do escritório holandês de arquitetura WHIM, a ilha é um ambiente sustentável feito com o lixo que flutua no Oceano Pacífico.

De longe vai parecer apenas uma das ilhas ao redor do Havaí, mas o nome Ilha Reciclável já denuncia que o viajante estará diante de algo levemente artificial. Feita inteiramente de plástico reciclado, esse “paraíso” é um projeto que pretende transformar lixo em espaços flutuantes habitáveis para seres humanos. 


A proposta do escritório de arquitetura holandês WHIM Architecture, da cidade Roterdam, é construir ilhas a partir do lixo que hoje cobre uma área gigantesca no Oceano Pacífico. O projeto tem três objetivos: limpar os mares de tanto lixo plástico, criar uma nova terra e construir um habitat sustentável. Cada ilha cuidaria da própria reciclagem do lixo, juntando material suficiente até criar uma nova ilha.


Projeto do barco de plástico Plastik é refazer a jornada do Kontiki e provar que o plástico pode ser amigo do homem. A ideia pode parecer loucura para muita gente, mas faz sentido. Nessa região do oceano encontra-se o Grande Trecho de Lixo do Pacífico, uma área maior do que o Estado do Texas e com concentração de lixo que poderia ter sido gerada pela França e Espanha combinadas. A proposta dos arquitetos é, portanto, uma forma de limpar os mares, criando ambientes sustentáveis para seres humanos. Recentemente, essa área do Pacífico ganhou fama quando o aventureiro bilionário David de Rothschild decidiu se lançar aos mares no Plastiki, um barco construído com fibras e “teias” de plástico, para chegar até o lixão fluturante. Ele saiu de São Francisco, nos Estados Unidos, e pretende chegar até Sidney, na Austrália, para provar que o plástico não é, necessariamente, inimigo do meio ambiente e através de pesquisa e reciclagem pode ser transformado em novos materiais. No final, ele vai perguntar à comunidade que segue a viagem pela internet o que deve ser feito do Plastik. “Pode ser que ele se transforme em outro barco, em peças de roupa ou até mesmo um par de sapatos bacana”, diz.
Fonte: http://epocanegocios.globo.com/Revista/Common/0,,EMI135139-16381,00-ARQUITETOS+QUEREM+CRIAR+ILHA+DE+PLASTICO+PERTO+DO+HAVAI.html

sábado, 10 de abril de 2010

Proposta de intervenção no Rio Arrudas




A proposta é de adaptação do espaço próximo ao rio para a transfêrencia da Feira de Artesanato que acontece aos domingos na Avenida Afonso Pena. A Feira é um importante evento na cidade, um atrativo turístico que valoriza o local onde está inserido à medida que recebe vários visitantes. Com a presença da feira aos domingos o contato das pessoas com o Rio Arrudas será maior, permitindo uma maior valorização daquele espaço e maior valorização também do próprio rio por parte dos moradores e dos turistas, que muitas vezes passam pela cidade sem perceber a presença do rio.



Nos dias de semana o ambiente pode continuar a servir a população que já faz uso daquele espaço para a pratica de exercícios físicos, esportes ou mesmo o para lazer, com um espaço agradável, arborizado e com um contato maior com o rio, no caso limpo e tratado.

Alunas: Raíssa e Suellen